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segunda-feira, 23 de julho de 2007

Chicletes


Sei que é uma mania horrível. Sabe como é... Não adianta. É mais forte do que eu. As pessoas ficam me olhando estranho na rua. Passam por mim e, após os olhares, sempre tem cochichos não tão amistosos.
E como eu disse, deve ser a mesma sensação que sentem os
centroavantes ao estarem de frente pro gol. Ou do goleiro que sabe que a bola está quase entrando, seria um golaço; salta e defende pra se tornar o herói da partida. Ou quem sabe do torcedor que está na arquibancada vendo seu time em algum extremo. A vontade é incontrolável de fazer o seu máximo.
Esse é um mistério que me aflige. Gostaria de saber se isso é normal. E esse é um dos motivos que me fizeram escrever isto. É pra esperar que alguém venha me dizer que se identificou com minha estranha história.
Tomara que, assim como eu, varias pessoas cuspam seus
chicletes na medida apropriada para poderem chutá-lo antes que caia no chão. Aliás, tomara que não tenha tanta gente assim. Pois se tiver nem será uma particularidade. E que graça tem escrever sobre algo que todos fazem, achando ser único?
E como estou gastando com esses malditos
chicletes sem açúcar, que é pra não estragar os dentes. Minha dentista falou com voz esclarecedora que não mascasse chiclete com açúcar. Mesmo gastando não consigo parar com isso. Muita gente nem imagina o prazer que é ver aquela bolinha pegar na veia e ir pra cima das casas ou pra outra calçada ou até mesmo passar a poucos centímetros da cabeça de alguém.

Elder Corrêa Jr

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