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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Paixão efêmera

Conheço pessoas que afirmam que para ser feliz é preciso amar. Amar a família, os amigos, a terra, as arvores e até as alfaces. Sem esquecer, é claro, de um amor desses de tirar o fôlego e bater mais forte o coração. Porém, já ouvi vários relatos de quem já amou muito, já teve seu coração saindo pela boca e mergulhou em abismo de paixões, de onde sempre demorava para emergir, por isso agora dizem que ser feliz é amar a si mesmo e proteger-se. Eles defendem que o melhor romance é aquele com data para terminar.

Num pensamento rápido, é interessante essa corrente. Todo mundo que tem medo de se envolver demais com alguém, poderia se atirar em paixões programadas para terminar antes que ultrapasse seu limite e comece a amar. Haveria apenas paixão entre os namorados, casais e amantes. Seriam todos ficantes, na verdade. A volta da poligamia. A extinção da traição.
Mas fazendo uma reflexão maior, não sou adepto de paixão efêmera, que não possibilite o amor. Talvez não seja tão pós-moderno ou nem moderno para entender esses amigos que pensam assim. Tampouco confiaria plenamente em alguém que não se entrega os próprios sentimentos e propusesse datar a minha paixão.

É por isso que não acredito que Mário Fernandes possa levar o Internacional de volta à disputa do título do Brasileirão. Alguém que não quer vínculo duradouro (talvez não conseguisse mesmo) com o clube contratado e prefere ser apenas um tapa buraco, não merece minha confiança. No máximo meu respeito e torcida para que faça um bom trabalho encaminhe o colorado á Libertadores do ano que vem. Mas que isso sirva para em 2010 o Inter case com algum outro treinador. Algum de qualidade, que queira viver esse casamento. Que queira essa monogamia. Que mergulhe fundo nessa paixão sem data para terminar. Wanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho me parecem ótimos partidos.

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