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terça-feira, 1 de junho de 2010

Meu amor dos oito anos – Cap 2

Depois de todo impasse decidi que falaria com ela na saída do mercado.

Lá foi ela embora para o lado esquerdo. Agora era só seguir seus passos. A senhora da minha frente tinha apenas cinco itens no cestinho. Ligeirinho.

Minha vez no caixa. Coloquei tudo organizado na esteira. Pã,pã,pã,pã... tudo muito rápido.

Estendi meu cartão.

- Crédito ou débito? -Perguntou a moça do caixa.

- Crédito.- Respondi.

Passou uma, duas vezes e nada. Até que chamou o gerente ou fiscal. Nesass alturas do campeonato ela já devia ter chegado à esquina e tomado qualquer direção ou mesmo ônibus. Ou carro. Tomara que não esteja de carro. Cada segundo que esperava ali parecia uma eternidade. Fiquei cuidando na porta para ver se ela passaria de carro. Até que parou o caminhão do mercado na frente da porta, me tapando toda a visão da rua. Era tudo o que eu não precisava naquele momento.

Deixar as compras no caixa me passava pela cabeça, mas todo mundo pensaria que não tinha dinheiro. Se bem que não tinha mesmo. Só para o mês que vem. Mesmo assim. O fiscal já estava resolvendo. Pronto, resolvido.

Saí rápido para o lado que ela tinha rumado. Cheguei à esquina e nem rastro. Voltei até meu golzinho e andei por todas as ruas adjacentes ao mercado, mas não a encontrei.

Claro que eu não desistiria tão fácil. Até fazia planos de pendurar um borrego para ela. Troquei de rumo e fui em direção de onde ela morava nos tempos de colégio. Com sorte ainda moraria lá. Parei na frente da casa 83. A árvore no jardim era a mesma, mas a fachada mudou. Talvez ela também tivesse mudado.

Já não sabia se descia e perguntava para algum transeunte se a Kelly morava ali, ou se tocava a campainha. Eu era um poço de dúvidas naquele instante.

Acompanhe no próximo capítulo o que, afinal o nosso personagem decidirá fazer.

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