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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O patinho feio

Não entendo porque os pais ainda quebram a cabeça e lêem livros e encontram significados para o nome dos filhos, se futuramente é bem provável que sejam mais conhecidos por apelidos.

Pegar apelido é a coisa mais fácil. Falo por experiência própria. Só eu já tive mais de três. Ultimamente atendo por Sapo. Mas lido bem com isso. Claro, tem gente que não gosta. O Anão, por exemplo. Só sei seu nome por causa da chamada. Ele tinha no máximo um metro e meio e ainda ficava bravo com a gente. Mas dizem que o apelido pega proporcionalmente ao quanto ele é detestado.

Seja por um trejeito, mania, costume, naturalidade ou aparência. Qualquer razão é motivo para se apelidar quando se é guri. Tinha um garoto alto, de andar desengonçado e magricelo, que era sempre o último a ser escolhido nos times do futebol da gurizada Não podia escolher a posição. Ficava no gol. Menos escolha teve no apelido: Pato. Estava fadado a ser chamado por último e chamado de Pato, ainda por cima. Mas isso faz muito tempo. 30 anos, mais ou menos. Aquele garoto que o destino colocou debaixo do arco, há muito não joga nos juniores.

Falo da última contratação do Internacional, em 2010. Pato Abbondanzieri, que veio do multi campeão Boca Junior’s, da Argentina. Agora chega para tomar a posição do contestado Lauro. É o jogador de maior renome do clube, que agora conta com 6 castelhanos.

Apesar de ter saído perdendo o jogo de estréia, pela primeira vez o Inter ganhou o primeiro jogo da Libertadores da América. Parece que esse Pato é tão pé quente quanto o outro, o Alexandre, que com 17 anos foi campeão do Mundo pelo mesmo colorado, e no ano seguinte era do Milan, que também se sagrou campeão.

Mas para Abbondanzieri erguer sua quarta taça Libertadores e seu 3° mundial, ele vai ter que fazer bem mais do que fez em seu primeiro jogo pelo Inter, quando apenas estreou. Nada mais. Muito pouco para quem chegou para ser o camisa 1. Se bem que ele recebeu apenas a número 25.

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